Mathieu, defesa-central do Sporting, explica que se lembra do ataque em Alcochete no final de casa jogo. O francês foi ouvido, também por videoconferência, depois de Maximiano e Wendel terem prestado declarações no âmbito do julgamento que decorre no Tribunal de Monsanto.

"Ficaram três adeptos à porta e não conseguimos sair do balneário. Tivemos de ficar dentro do balneário. Uns foram atras do Acuña, do Battaglia, do Rui Patrício e do William, outros ficaram a meter medo e a dizer 'o Sporting somos nós'. Naquele dia liguei logo para a minha mulher. Nunca mais esquecerei o medo que senti. Ainda hoje no final dos jogos lembro-me do que se passou", disse.

Mathieu diz que o primeiro colega de equipa a ser agredido foi Acuña, adimitindo que não foi agredido.

"O primeiro a ser agredido foi o Acuña, com golpes no rosto. Foi agredido por duas ou três pessoas. No caso do Misic, vi uma pessoa a golpeá-lo nas pernas e costas. Não sinto que tenha sido um alvo específico da situação, mas senti muito medo. Do sítio onde estava não notei ameaças. Em mim não me tocaram", remata.