O videoárbitro Bola Branca, Paulo Pereira, atribuiu Nota 4 a António Nobre, juiz do Estoril Praia 2-3 FC Porto, da jornada 17 do campeonato.

Na opinião do especialista, Nobre fez uma arbitragem "boa" e "muito segura". Nomeadamente no lance mais polémico do jogo, o terceiro golo do Estoril, que foi anulado.

"O árbitro apenas viu aquilo que Gamboa fez: empurrou ostensivamente Evanilson. Antes de o canto ser executado, o árbitro teve de ir duas vezes ao molhe de jogadores. A partir daí, era natural estar atento. Quando o Gamboa saiu desse grupo, foi procurar o Evanilson e empurrou-o, o árbitro só podia anular o golo. O VAR também anularia se António Nobre não tivesse visto. Foi por demais evidente. O amarelo a Rui Fonte por protestos também foi bem mostrado", assinala.

O golo anulado aos canarinhos ainda na primeira parte, por fora de jogo de Bruno Lourenço de 14 centímetros, também foi uma "boa decisão".

Decisões corretas nas duas áreas


Paulo Pereira também elogia as avaliações do ábitro nas possíveis grandes penalidades para o Estoril, uma das quais foi assinalada, e nos dois penáltis negados ao FC Porto.

"Aos 27 minutos, o Porto reclama um pretenso pontapé de penálti por remate de Luis Díaz, que bate no corpo de Vital. Nada existiu de infração. Aos 37 minutos, no primeiro capítulo da luta Wendell-Chiquinho, os dois jogadores agarram-se mutuamente e caem os dois na área do Porto. António Nobre nada assinalou, boa decisão", explica.

"Aos 38 minutos, penálti bem assinalado. Wendell perdeu posição para Chiquinho, tentou jogar a bola pelas portas e acabou por acertar nas pernas do adversário. Não haveria lugar para amarelo porque houve disputa de bola", esclarece.

"Aos 48 minutos, não há contacto da bola com o braço do jogador do Estoril e já havia fora de jogo no início da jogada. Mais uma decisão acertada", enaltece.

Não houve agressão de Luis Díaz


Nota, ainda, para um lance entre jogadores do Estoril e do FC Porto em que os canarinhos pediram um cartão vermelho:

"André Franco de forma inusitada tentou procurar expulsão para Luis Díaz e, com VAR, estas encenações não levarão a nada, a não ser acicatar os ânimos."

A única crítica relevante do VAR Bola Branca a António Nobre advém de um lance entre Mbemba e Arthur, ainda na primeira parte.

"Aos 17 minutos, Mbemba pisou Arthur de forma evidente junto à área do Porto. Era um livre direto e eventual cartão amarelo por negligência. Mas, com a gestão disciplinar larga que António Nobre [estava a fazer], poderia não ser exibido", conclui.