O presidente da Câmara de Vila Nova de Famalicão, Paulo Cunha, espera que os adeptos de ambos os clubes não se concentrem, na quarta-feira à noite, junto ao estádio 22 de Junho, de forma a não colocarem em causa a saúde de todos.

"Espero que todos os adeptos de futebol compreendam a especial situação que vivemos e que entendam que o fenómeno desportivo não pode ser diferente de outros fenómenos sociais”, apela o autarca, em entrevista à Renascença.

”Respeitem o distanciamento e afastamento social para ajudar a criar condições de modo a que o regresso do futebol aconteça com segurança, que é o que todos desejam”, reforça Paulo Cunha.

O autarca famalicense sublinha que “a organização do jogo, a estrutura directiva do Famalicão e as forças policiais estão preparados para que essa eventual presença de adeptos de ambos os clubes, mesmo não sendo desejada, não tenha qualquer tipo de consequência”.

Há um perímetro de segurança que está criado, "em torno do estádio", explica o autarca. À autarquia, “compete apenas acompanhar o processo e procurar assegurar que ele seja bem-sucedido”.

"Devemos dissuadir as pessoas a fazê-lo [ir à zona do estádio], persuadindo-as para que no recato dos seus lares, acompanhem o regresso do futebol”.

Sendo o jogo transmitido em canal pago, é provável que muitos adeptos se desloquem a cafés e restaurantes para acompanhar o jogo e, neste campo, Paulo Cunha deixa também um apelo: "Que cada proprietário desses estabelecimentos comerciais procure criar condições para que isso possa acontecer sem qualquer tipo de consequência, do ponto de vista da segurança que é suposto existir na frequência desse espaço, nomeadamente por outras pessoas que nada tem a ver com o futebol e também elas tem o direito de frequentar esses espaços."