O futebolista internacional português Cristiano Ronaldo pode completar na quarta-feira o pleno de conquistas internas em Itália, repetindo o que fez em Inglaterra e Espanha, caso a Juventus supere o Nápoles na final da Taça de Itália, em Roma.

No currículo, CR7 soma 19 em 25 finais disputadas a uma mão, com 15 golos, não contando os conseguidos em desempates por penáltis.

Após vencer tudo em Inglaterra, com três triunfos na Premier League, um na Taça de Inglaterra, outra na Supertaça e dois na Taça da Liga, pelo Manchester United (2003/09), e Espanha, onde bisou na La Liga, Taça do Rei e Supertaça, pelo Real Madrid (2009/18), Ronaldo tem a hipótese de repetir o feito em Itália

Em 2018/19, na primeira época ao serviço da Juventus, o jogador luso ganhou a Serie A e a Supertaça e, na presente temporada, tem a prova que lhe falta a um triunfo, frente aos napolitanos, numa final à porta fechada, devido à pandemia de Covid-19.

Na edição transata, Ronaldo não conseguiu evitar a queda da Juve nos quartos de final da Taça de Itália, fase em que foi batida de forma clara no reduto da Atalanta, que ganhou por 3-0 e acabou por chegar à final, perdida para a Lazio (0-2).

Desta vez, a Juventus qualificou-se, na sexta-feira, para a final, apesar de o internacional luso ter desperdiçado uma grande penalidade, já que o empate 0-0 foi suficiente, após o 1-1 de Milão, onde Ronaldo marcou, de penálti, aos 90 minutos.

O futebolista luso está, assim, a um passo de completar o pleno de prova internas em Itália, depois de uma primeira época em que contribuiu com 21 golos para o triunfo na Serie A e apontou o tento que valeu a vitória na Supertaça, frente ao AC Milan (1-0 a 16 de janeiro de 2019, na Arábia Saudita).

A final entre Juventus e Nápoles está marcada para as 20h00, no Estádio Olímpico de Roma.

Se o conseguir, Cristiano Ronaldo repete o que também alcançou em Inglaterra, nas seis épocas ao serviço do Manchester United, de 2003/04 a 2008/09, e em Espanha, em nove temporadas pelo Real Madrid, que representou de 2009/10 a 2017/18.

Em Inglaterra, o jogador luso arrebatou a famosa FA Cup logo na primeira temporada (2003/04), a Taça da Liga inglesa na terceira (2005/06), a Premier League na quarta (2006/07) e a Supertaça inglesa na quinta (2007/08).

Nas duas últimas épocas pelos "red devils", ganhou ainda mais dois campeonatos e outra Taça da Liga inglesa. Fora de portas, arrebatou ainda a Liga dos Campeões, em 2007/08, e o Mundial de Clubes, em 2008/09.

Seguiram-se nove anos no Real Madrid, sendo que bastaram quatro para fazer o pleno: depois de ficar em ‘branco’ na primeira (2008/09), ganhou a Taça do Rei na segunda (2009/10), ‘La Liga’ na terceira (2010/11) e a Supertaça na quarta (2012/13), estas três conquistas comandado pelo compatriota José Mourinho.

Nas últimas cinco temporadas pelos ‘merengues’, Ronaldo ganhou mais um campeonato espanhol, uma Taça do Rei e uma Supertaça.

Muito mais importante, foi o resto: quatro vitórias na Champions, mais três no Mundial de Clubes e duas na Supertaça Europeia, e o estatuto de melhor marcador do Real, com o impressionante registo de 451 golos em 438 jogos.

Depois de nove anos pelos "merengues", Ronaldo saiu para Itália e, aos 35 anos, está muito perto de conseguir mais um registo ímpar no futebol.

Cristiano Ronaldo, finais, golos e números

Pela formação de Turim, será a terceira final do jogador luso, que, em 2018/19, teve uma estreia em grande em jogos decisivos com a camisola "bianconeri", ao marcar o golo da vitória na Supertaça com o Milan (1-0).

Na presente temporada, Cristiano Ronaldo não foi tão feliz e, depois de 12 finais consecutivas em que saiu vencedor, das mais diversas formas, falhou o ‘bis’ na Supertaça de Itália, ao cair por 3-1 perante a Lazio.

A anterior derrota em finais datava de 17 de maio de 2013, dia em que o Real Madrid perdeu, em pleno Santiago Bernabéu, a final da Taça do Rei, ao cair perante o rival Atlético de Madrid por 2-1, após prolongamento. Ronaldo inaugurou o marcador, mas acabou expulso.

Depois desse encontro, e até à derrota da atual temporada, o português venceu, consecutivamente, 12 finais, a primeira um ano depois, na Luz, onde se ‘vingou’ do rival madrileno no prolongamento, fixando o 4-1 final de penálti.

Na época seguinte (2014/15), ganhou mais duas, a Supertaça Europeia, com um ‘bis’ ao Sevilha (2-0), e o Mundial de clubes, face ao San Lorenzo (2-0), para, em 2015/16, voltar a superar o Atlético na final da Champions, com Ronaldo a apontar o pontapé decisivo (5-3, após 1-1).

A maior das vitórias aconteceu ainda em 2016, em Paris, onde Portugal se impôs à França na final do Europeu, graças a um golo de Éder, aos 109 minutos, num jogo que, devido a lesão, Ronaldo abandonou aos 25, em lágrimas. Sorriria no fim.

Em 2016/17, brilhou, como nunca, nos jogos decisivos, com um ‘hat-trick’ na final do Mundial de clubes, perante o Kashima Antlers (4-2 após prolongamento), e um ‘bis’ na final da Champions, face à Juventus (3-1).

Na última época pelo Real Madrid, Ronaldo ganhou mais três finais, primeiro a Supertaça Europeia, entrando a sete minutos do fim face ao Manchester United (2-1), de José Mourinho, e, depois, o Mundial de clubes, com um golo ao Grêmio (1-0).

A finalizar, no seu último encontro como ‘merengue’, em 26 de maio de 2018, ficou em branco face ao Liverpool, num triunfo por 3-1.

Seguiu-se, em 2018/19, a vitória sobre o AC Milan na Supertaça de Itália e novo triunfo ao serviço da seleção das quinas, em 9 de junho de 2019, no Dragão, face à Holanda (1-0), na final da primeira edição da Liga das Nações.

Nas primeiras 11 finais, o balanço também foi positivo, com sete triunfos e quatro desaires, o primeiro dos quais muito doloroso, face à Grécia (1-0), em 04 de julho de 2004, na final do Europeu que Portugal organizou.

As outras derrotas aconteceram nas finais da Taça de Inglaterra de 2004/05 (4-5 nos penáltis, face ao Arsenal) e 2006/07 (0-1 após prolongamento, com o Chelsea) e na despedida do Manchester United, em 27 de maio de 2009, batido pelo FC Barcelona, de Messi, por 2-0, em Roma.

As vitórias foram mais e Ronaldo marcou nas duas primeiras, com o Milwall (3-0), na final da Taça de Inglaterra de 2003/04, e com o Wigan (4-0), na final da Taça da Liga inglesa de 2005/06, em dois jogos em que acabou substituído.

Pelos "red devils", também bateu o Chelsea, na Supertaça inglesa (3-0 nos penátis, em 2007/08) e na final da ‘Champions’, num embate em que marcou no tempo regulamentar (1-1) e falhou no desempate por penáltis (6-5).

As outras vítimas foram a Liga de Quito (1-0), na final do Mundial de clubes de 2008/09, e o Tottenham (4-1 nos penáltis, após 0-0), no jogo decisivo da Taça da Liga inglesa de 2008/09.

Já pelo Real Madrid, vingou-se de Lionel Messi, ao superar o FC Barcelona na final da Taça do Rei de 2010/11, marcando o golo da vitória (1-0), no prolongamento.

Nestas contas das finais, entram as Supertaças, mas não as disputadas em duas mãos, o que aconteceu na sua passagem por Espanha: conquistou duas, face ao FC Barcelona, e perdeu outras tantas, uma com o ‘Barça’ e outra com o Atlético.