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Jorge Jesus regressa, esta sexta-feira, ao Brasil e, com ele, leva as dúvidas sobre a renovação do contrato com o Flamengo, que termina dentro de dois meses. A tentação de ficar onde o querem é grande, no entanto, a pandemia da Covid-19 complica os cálculos.

"Tenho de viver o dia a dia, saber o que vai acontecer e, depois, tomar decisões. Tenho dois meses, até para os dirigentes do Flamengo saberem o que é melhor para eles. Quando há uma negociação, tem de haver as duas partes interessadas. Sinto que o Flamengo me quer muito, a nação do Flamengo tem essa mesma ideia, e isso para mim é determinante. Vão ser fatores determinantes para a minha decisão", assumiu o treinador português, em declarações aos jornalistas, no aeroporto.

Jorge Jesus não esconde que as conquistas pelo Flamengo - Brasileirão e Taça Libertadores, além da final do Mundial de Clubes - motivam-no para continuar e dar seguimento ao trabalho desenvolvido.

"Ter conquistado tudo no Flamengo e sentir que criámos uma grande equipa é um dos fatores que me motivam muito mais. Também a forma como tenho sido tratado", assinalou o técnico, de 65 anos.

"Estar em Portugal ou no Brasil é igual"


Perante a pandemia do novo coronavírus - precisamente o que motivou Jorge Jesus a regressar a Portugal -, a incógnita, como noutros países, é perceber se e quando o futebol brasileiro será retomado.

Além disso, a situação pandémica no Brasil - 87.187 casos confirmados e 6.006 mortes devido à Covid-19 - inspira cuidados. Porém, o técnico mostra-se focado apenas em "trabalhar passo a passo":

"Não me preocupa. Todos no mundo temos de estar mentalizados que, enquanto não houver vacina, temos de conviver com o vírus. Para mim, estar em Portugal ou no Brasil é igual, os meus cuidados vão ser iguais. Isto tudo alterou o meu pensamento, agora tenho de viver o dia a dia."