O Verona comunica que Luca Castellini, líder da claque do Verona, está impedido de entrar no Estádio Marcantonio Bentegodi até 2030. O clube justifica a decisão com a gravidade dos factos analisados.

Tudo começou no jogo com o Brescia, em que os ultras do Verona entoaram cânticos racistas, visando Mario Balotelli. O jogador chutou a bola para a bancada e abandonou o relvado. O jogo foi interrompido durante três minutos e Balotelli foi convencido a voltar ao relvado.

Castellini comentou o episódio, na Radio Cafè, e justificou a atitude da claque com "a cultura de identidade" que os seus membros têm. "Ele ouviu os cânticos só na cabeça dele. Ele tem cidadania italiana, mas não é, de todo, italiano. Temos uma cultura de identidade, somos uma claque irreverente, mas não cantámos aquilo com instinto político ou racista. O que o Balotelli fez é uma palhaçada", comentou.

Perante isto, a direção do Verona decidiu, recorrendo ao Código Disciplinar do clube, banir Luca Castellini das bancadas do estádio por dez anos, até junho de 2030. "Trata-se de um comportamento e de expressões graves, contrárias aos princípios éticos e aos valores do nosso clube", considerou o Verona.

Luca Castellini é o líder dos ultras do Verona, claque politicamente conotada com a extrema direita xenófoba e racista. Castellini é militante do partido Fuorza Nuova, de extrema direita.