"Portugal perde um dos seus melhores e a comunicação social o seu melhor 'patrão'", escreve a directora de Informação da Renascença, que esteve na fundação do "Público".
Directora de informação da Renascença recorda Belmiro de Azevedo, que morreu esta quarta-feira aos 76 anos. Graça Franco fez parte da redacção do jornal "Público", fundado pelo líder histórico da Sonae, e recorda-o como o "patrão perfeito", defensor da independência, mesmo contra os próprios interesses empresariais.
"A Sonae está hoje presente na comunicação social, telecomunicações, retalho, desenvolvendo ao mesmo tempo, através da sua fundação, uma obra social muito assinalável nos domínios da educação, cultura e solidariedade", refere o voto de pesar aprovado no Parlamento.
Enquanto líder da Sonae, nunca foi meigo com a classe política. Leia as frases que Belmiro de Azevedo dedicou a Soares, Sócrates, Cavaco, Marques Mendes, Ferreira Leite, Louçã..
Morreu, mas deixa um império – e por isso viverá. Deixa também um rol de entrevistas, discursos e ideias em que se pode encontrar o pensamento do “homem Sonae”. Belmiro sempre foi cirúrgico nas aparições, mas quando falava poucos ficavam indiferentes.
“Tinha horror à incompetência”, um verdadeira "campeão" alérgico à derrota, um "grande empregador", empresário "referência" das últimas décadas são algumas reacções à morte de Belmiro de Azevedo.