Carlos Cortes faz um balanço positivo do encontro em que apresentou à ministra da Saúde uma série de prioridades para os primeiros 60 dias do Governo. Bastonário diz que criação das ULS é a mais importante reforma dos últimos tempos no SNS, mas lamenta que o modelo não tenha sido suficientemente avaliado, "apesar de já existir desde finais dos anos 90".
Valorização pretendida passa por criar "uma nova carreira médica", que comece no internato médico e acompanhe o médico, "independentemente do local onde esteja, no setor público, no setor privado ou no setor social" e da tutela desse mesmo local.
Não é este aumento que vai resolver o problema da falta de médicos no SNS, mas sim "investir" na "capacidade de atração", afirma o bastonário da Ordem dos Médicos.
Antigo bastonário da Ordem dos Médicos, recém-eleito deputado pela AD, admite que, para uma eventual revogação da lei, "basta que seja agendado por algum dos partidos políticos”. Federação Portuguesa pela Vida diz não ver outra possibilidade: "Esta lei só está viva por obstinação legislativa."
Projeções do Ministério da Saúde apontam para que a falta de médicos de família comece a atenuar-se já no próximo ano e que, a partir de 2026, haja excesso destes profissionais.
Para saber "se tem ou não de intervir nesta matéria", a Ordem dos Médicos precisa de conhecer "os factos: se e houve efetivamente ou não baixa médica e, havendo baixa médica, qual foi o enquadramento dessas baixas".