Dois arguidos no julgamento do processo do roubo e recuperação de armamento da base militar de Tancos apresentaram esta quinta-feira versões opostas sobre o que disseram ao ex-ministro da Defesa.
Em entrevista à TVI, Marcelo considerou que, no plano judicial, "vai haver uma decisão que vai ser mais rápida do que se temia", desvalorizando as alegações do Ministério Público sobre o seu anterior chefe da Casa Militar.
“Não creio que o professor doutor Azeredo Lopes tivesse conhecimento e que alguma vez pudesse concordar com uma investigação da PJM à revelia da direção do MP”, afirmou António Costa em depoimento escrito.
Antes de se pronunciarem, Ricardo Sá Fernandes e Rui Baleizão, advogados do major Vasco Brazão e do coronel Luís Vieira, vão analisar o depoimento escrito do Presidente da República no âmbito do processo de Tancos.
Ex-fuzileiro João Paulino, uma das peças-chave, incorre numa pena de 25 anos. Nesta fase do processo vão ser apresentadas todas as provas e ouvidos todos os arguidos. Primeiro-ministro vai poder responder por escrito.
Advogado de João Paulino destaca que código penal prevê benefícios quando o material roubado é devolvido, como o principal arguido do caso Tancos se propõe fazer. Julgamento arranca em novembro no Tribunal de Santarém.