O objetivo do gabinete é ajudar as vítimas a lidar com situações de assédio e discriminação, de forma confidencial, através de aconselhamento jurídico e psicológico, a cargo do advogado e antigo bastonário Rogério Alves e da psicóloga Susana Lourenço, nomeados pelas respetivas ordens profissionais.
No processo, o arguido, de 58 anos, nega os factos e alega que tudo não passará de cabala montada por um grupo de alunas que se sentiram "rejeitadas ou trocadas" enquanto atrizes e que, desta forma, querem vingar-se com acusações infundadas.
José Manuel Constantino afirma que "não há dados estatísticos que nos permitam ter uma evidência de que no mundo do desporto estes casos ocorrem em maior número do que em outras dimensões sociais".
Tita, de 33 anos, diz ter sido vítima de assédio por outro treinador e apela a que todas as vítimas denunciem: "Não se pronunciar sobre o assunto é também compactuar".
O gabinete foi anunciado em abril, dias depois da divulgação de um relatório do Conselho Pedagógico, que recebeu 50 queixas de assédio e discriminação, relativas a 10% dos professores da faculdade, através de um canal de denúncias que esteve aberto durante 11 dias em março.
Em audição no Parlamento, a ministra Elvira Fortunato diz que instituições têm "autonomia disciplinar". Secretário de Estado avança que Portugal tem mais de 30 refugiados ucranianos no Ensino Superior.