Decisão surge no âmbito de uma providência cautelar em que é pedida não só a suspensão de todos os atos relacionados com o abate de árvores previsto ao longo dos traçados da obra, mas também a suspensão de vários atos administrativos, nomeadamente a Declaração de Impacte Ambiental e as Decisões sobre a Conformidade Ambiental do Projeto de Execução.
Com uma área de cerca de 136 hectares, a Mata do Desterro, no Parque Natural da Serra da Estrela, é ocupada sobretudo por pinheiros-bravos. Reflorestação "vem no seguimento do projeto de recuperação florestal de área ardida e incidirá numa área de cerca de 20 hectares".
Este projeto para além de ser uma fonte de bens “como madeira, fibras e alimentos, vai promover o emprego e o rendimento, ao mesmo tempo que aumenta áreas de recreio e lazer contribui para a saúde e bem-estar social”.
Em Portugal, são cada vez mais as empresas a promover iniciativas de plantar árvores, como resposta a preocupações ambientais e neutralidade carbónica. Todas querem ser D. Dinis ou será apenas uma jogada de marketing? Paulo Carreira, diretor da Servilusa, diz que agência tanto quer “parecer bem” como “ser bem”. Luís Loures, vice-presidente do Politécnico de Portalegre, defende que há benefícios a retirar dessas iniciativas. Já João Camargo, ativista da Climáximo, defende que a ideia de que se pode instalar uma floresta, de que o sistema natural é só uma espécie de equação, “é burrice”. “A ecosfera não é uma fábrica de salsichas.”
A Câmara Municipal de Lisboa vai adquirir 120 mil árvores, entre as quais sobreiros, azinheiras, carvalhos, oliveiras, amendoeiras, alfarrobeiras, medronheiros, além de 116 mil arbustos, para mitigar os efeitos da "ilha de calor urbana".