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Opinião de Luís Cabral
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Roque Gameiro: Uma família de artistas

13 jan, 2017 • Opinião de Luís Cabral


O mestre, um dos mais importantes aguarelistas portugueses, foi também o "patriarca" de uma extensa família de artistas plásticos.

A Declaração Universal dos Direitos dos Escritores de Artigos de Opinião indica, no seu artigo 5º, parágrafo 2º, que "esporadicamente, o articulista tem o direito de escrever sobre actividades do seu interesse, incluindo a publicitação de iniciativas em que está envolvido".

É justamente ao abrigo desta legislação que hoje escrevo sobre a exposição "Roque Gameiro: Uma Família de Artistas", patente no Centro Cultural de Cascais de 14 de Janeiro a 22 de Março. Como declaração prévia de interesses, e ao abrigo do artigo acima enunciado, devo dizer que a exposição foi coordenada por mim próprio, contando também com a contribuição de muitos outros descendentes directos de Alfredo Roque Gameiro.

O Mestre Roque Gameiro, um dos mais importantes aguarelistas portugueses, foi também o "patriarca" de uma extensa família de artistas plásticos: um caso "assaz peculiar, senão único no Portugal do século XX", escreve Raquel Henriques da Silva. Todos os filhos de Roque Gameiro — Raquel, Manuel, Helena, Màmía e Ruy — herdaram a vertente artística do pai, uns na aguarela, outros no óleo ou na escultura. Quando as duas filhas mais novas — Helena e Màmía — se casaram com dois artistas — José Leitão de Barros e Jaime Martins Barata — o clã de artistas aumentou para 8.

Na família Roque Gameiro, o desenho era tanto uma actividade profissional como uma actividade lúdica. O primeiro tema da exposição reflecte esta característica, incluindo algumas dezenas de retratos de familiares pintados por outros familiares, desde obras de reconhecimento internacional de Alfredo Roque Gameiro até pequenos bonecos com que as filhas presenteavam o pai.

Como seria de esperar, o "prato forte" da exposição corresponde à aguarela, a técnica preferida pelo patriarca bem como vários dos seus descendentes. O contraste de estilos é interessante, nomeadamente quando pai, filhas e genros interpretam o mesmo tema.

Finalmente, encontram-se também referências a trabalhos para além da aguarela, nomeadamente o cinema (José Leitão de Barros), a pintura de grande dimensão (Jaime Martins Barata) e a escultura (Ruy Roque Gameiro).

O leitor interessado em informações adicionais poderá consultar o site da exposição: tribo.pt/cascais2017

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