Aristides de Sousa Mendes recebeu, esta terça-frente, honras de Panteão Nacional. O Presidente da República destacou o exemplo histórico do antigo cônsul em Bordéus e reafirmou: "Não há etnias ou religiões que sejam umas mais do que outras". Ferro Rodrigues alertou para fenómenos atuais de ódio racial e “recusa do outro”.
"Infelizmente, a História tem demonstrado que aquilo com que Aristides de Sousa Mendes foi confrontado continua a ser uma realidade de hoje", afirmou o primeiro-ministro na cerimónia de concessão de honras de Panteão Nacional ao antigo cônsul português.
Presidente da República destacou o exemplo histórico do antigo cônsul em Bordéus e assinalou que as honras de Panteão Nacional em democracia, nomeadamente de mulheres, expressam a diversidade da sociedade.
O antigo cônsul português está a ser homenageado sem a presença do corpo no túmulo que, desta forma, evitou a habitual trasladação para o Panteão Nacional.
O presidente da Assembleia da República interveio na cerimónia de concessão de honras de Panteão Nacional ao antigo cônsul português em Bordéus, que salvou milhares de judeus do regime nazi durante a Segunda Guerra Mundial.
O grupo de trabalho responsável pelo processo de concessão de honras a Aristides de Sousa Mendes surgiu depois de um projeto de resolução proposto pela deputada não inscrita Joacine Katar Moreira.
Numa nota publicada no sítio oficial da Presidência da República, o chefe de Estado saúda a resolução, aprovada por unanimidade na quinta-feira pelo Senado norte-americano, e "recorda com profundo apreço e admiração o legado de Aristides de Sousa Mendes".