A defesa da companhia, no caso de despedimento por justa causa de Christine Ourmières-Widener, desvaloriza o papel da gestora francesa nos primeiros resultados financeiros positivos pós-pandemia.
Em causa está a informação divulgada ao mercado sobre a indemnização paga a Alexandra Reis. CMVM diz que a informação inicial avançada pela TAP "não era verdadeira", nem "clara".
Alexandra Reis, Hugo Mendes e Frederico Pinheiro também fazem parte das 15 testemunhas da ex-CEO da TAP no processo em que pede 5,9 milhões de euros de indemnização.
PCP defende que o Governo deve travar o processo de reprivatização em curso da TAP, BE quer conduta do ministro João Galamba nas conclusões e o Chega fala em ingerência do Governo na transportadora aérea.
A comissão de inquérito iniciou os trabalhos em fevereiro, no seguimento da polémica indemnização de meio milhão de euros paga à ex-administradora Alexandra Reis.
O relatório preliminar da comissão de inquérito à tutela política da gestão da TAP iliba Pedro Nuno Santos, alegando que o ex-ministro das Infraestruturas não conhecia o clausulado do acordo assinado com Alexandra Reis. O documento com 180 páginas ignora a atuação das secretas na recuperação do computador do ex-adjunto de João Galamba e diz ainda que não há interferência na gestão da TAP por parte da tutela.
O relatório recomenda ainda a melhoria dos “processos de classificação de documentos”, isto depois de Frederico Pinheiro ter levado um computador que teria documentos classificados.
Face ao pagamento de 500 mil euros à ex-administradora, tornou-se "inequívoco" para o ministro das Finanças que "única saída possível" era exonerar presidentes da companhia aérea.
Atuais números da TAP "dão ânimo" e é possível um "caminho mais virtuoso", defende ministro das Finanças na última audição da comissão parlamentar de inquérito à gestão da companhia aérea.