Presidente executivo internacional da Fundação AIS diz que desde o golpe dos militares, a 1 de fevereiro de 2021, passaram “24 meses de luta e horror”, destacando “o consolo e apoio que a presença de religiosos e religiosas proporciona aos deslocados”, aos fiéis que face aos ataques, "por vezes impiedosos" às aldeias e vilas onde vivem, são forçados a abandonar tudo e a fugir.
Fundação AIS e bispos espanhóis condenam “todas as formas de violência, que não podem ocorrer na sociedade em que vivemos”. Ataque a duas igrejas espanholas causou um morto e um ferido grave.
A agravar a situação de insegurança, já classificada como a pior emergência humanitária e de direitos humanos em décadas, o Haiti está a atravessar também uma grave crise sanitária, com o risco real de uma epidemia de cólera.
Na base das agressões está a acusação de conversões forçadas por parte dos cristãos e a prática do que classificam como sendo uma “religião estrangeira”.
Fundação AIS apela a “todos os países envolvidos para que se empenhem em garantir a segurança e a liberdade dos padres, religiosas e outros agentes pastorais, que servem indiscriminadamente os mais necessitados e tantas vezes em situações de perigo”.
Desejando que o Natal seja “uma festa de alegria”, a fundação pontifícia pede que não se esqueçam os que são vítimas da guerra e os que estão em maiores dificuldades, privados de conforto, de segurança.