Adalberto Campos Fernandes critica recentes declarações do ministro da Cultura e do primeiro-ministro. Defensor de um Serviço Nacional de Saúde a funcionar combinado com os privados, considera que as pessoas não podem ficar "sequestradas" por guerras ideológicas.
Adalberto Campos Fernandes critica recentes declarações do ministro da Cultura e do primeiro-ministro. Defensor de um Serviço Nacional de Saúde a funcionar combinado com os privados, considera que as pessoas não podem ficar "sequestradas" por guerras ideológicas.
Declarações do antigo ministro da Saúde, no dia em que o Governo anunciou, sob a forma de publicidade em alguns jornais, o plano de funcionamento das urgências de ginecologia e obstetrícia para o período natalício.
Ex-ministro otimista com a escolha de António Costa. O país tem agora a oportunidade de ter uma pessoa experiente nesta pasta, "que não faz aprendizagem em serviço".
Adalberto Campos Fernandes insiste que a política de Saúde deve ser de continuidade e uma "política de Estado", não "de momento", recusando que os problemas do setor se resolvam com "questões de barricada" e oposições entre esquerda e direita, público e privado.
Em declarações à Renascença, Adalberto Campos Fernandes fala num problema estrutural, que só pode ser resolvido com vontade política do Governo e da Assembleia da República e não com medidas paliativas.
À Renascença, Adalberto Campos Fernandes admite que o setor privado se tornou um competidor muito forte e defende que os problemas do Serviço Nacional de Saúde não se resolvem com soluções simples. O antigo governante lança hoje o livro “Saúde em Portugal – pensar o futuro”, que reflete a visão de um conjunto de personalidades com uma vasta experiência nas áreas sociais e da saúde.
A pandemia agravou as dificuldades no SNS e criou um desalinhamento entre a procura e a resposta. Em entrevista à Renascença, Adalberto Campos Fernandes aponta duas prioridades, entre elas trabalhar, “com a máxima rapidez”, na atratividade de profissionais para o setor público.
Adalberto Campos Fernandes analisa o momento político do PS, considera que Marcelo Rebelo de Sousa falhou na análise à crise e na forma como tentou evitá-la e mostra a sua discordância com a política da saúde seguida por Marta Temido.
Adalberto Campos Fernandes afirma que teria preferido que as conversas entre DGS e Marcelo "tivessem acontecido de forma mais reservada, para que o esclarecimento fosse unívoco e simples, e gerasse confiança".