Portugal foi um dos primeiros a condenar o Irão e estará na linha da frente da União Europeia, num reforço dessa condenação pelo ataque a Israel. Foi a garantia deixada pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro, ao lado do presidente do Conselho Europeu antes de participar pela primeira vez na reunião de chefes de Estado, em Bruxelas.

Luís Montenegro sublinhou que Portugal mantém um "fortíssimo" compromisso com o projeto europeu, quer na política interna, quer na externa, no apoio à Ucrânia na atenção ao Médio Oriente. O primeiro-ministro antecipou ainda a unidade europeia na condenação ao Irão.

"O compromisso de Portugal com o projeto europeu é fortíssimo", disse Montenegro, que se reuniu, antes do começo da cimeira europeia, com o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, pela primeira vez na qualidade de primeiro-ministro.

Em declarações aos jornalistas, Montenegro sublinhou o empenho de Portugal em colaborar "com os propósitos que estão na agenda" da reunião extraordinária dos líderes da União Europeia.

O reforço da competitividade, especificou, "é um objetivo tão europeu quanto português", defendendo que a Europa tem se ser forte no mundo e Portugal forte na Europa, "para termos um Portugal forte no mundo".

Em relação aos temas de política externa, de segurança e defesa, o primeiro-ministro salientou a participação portuguesa na ajuda da UE à Ucrânia e "no auxílio financeiro, político e humanitário ao povo ucraniano".

Em relação à situação no Médio Oriente, defendeu a necessidade de se encontrar uma solução que evite uma escalada da violência.

Referindo que Portugal foi dos primeiros países a condenar o recente ataque do Irão a Israel, Montenegro defendeu, mais uma vez, que o caminho para a paz na Faixa de Gaza passa por um cessar-fogo imediato e pelo reconhecimento da Palestina como membro pleno na Organização das Nações Unidas.

Por seu lado, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, referiu que Portugal é um Estado-membro "muito importante" na UE, adiantando que conta com o primeiro-ministro para desempenhar um papel importante nos desafios da Europa.

Os líderes da UE reúnem-se, esta quarta e quinta-feira, num Conselho extraordinário dedicado à competitividade, à ajuda à Ucrânia e o conflito no Médio Oriente.