22 dez, 2017 - 20:02
Mais de 630 mil pessoas cruzaram a fronteira de Mianmar para o Bangladesh, um dos países mais pobres e populosos do mundo. O número de mortos ainda é desconhecido.
Desde 25 de Agosto, aldeias de rohingya foram queimadas e dizimadas do mapa, em Mianmar. Milhares de pessoas fugiram ou permanecerem em campos com graves carências alimentares e sanitárias.
Os rohingya, um grupo étnico de Mianmar, fogem da violência e dos ataques armados no estado de Rakhine, na sequência dos ataques do grupo rebelde Exército de Salvação Arakan Rohingya.
No final de Novembro, o Papa Francisco visitou Mianmar e o Bangladesh, onde se encontrou com um grupo de refugiados. “Vocês são a imagem do Deus vivo. Caros irmãos e irmãs, façamos ver ao mundo o que faz o egoísmo do mundo com a imagem divina”, disse Francisco durante o encontro.
António Guterres, secretário-geral da ONU, classificou a situação como catastrófica. Guterres pediu às autoridades de Mianmar que suspendessem as acções militares e que reconheçam o direito de retorno dos que foram obrigados a deixar o país.