Por todos os que partem das suas terras...

No início da semana, ao pensar no dia de hoje, escrevi algumas palavras sobre a liberdade:
“A liberdade anda de boca em boca… canta-se nas ruas, desenha-se nas paredes, cuida-se nas homenagens de gentes com nome.
Mas como está longe e perdida, a liberdade… quando se morre no mar, porque se está a fugir da morte (…)
E como o mundo não é a minha rua, nem a minha cidade, nem o meu país, tenho a obrigação de perceber como está longe e perdida, a liberdade. “

Foram palavras, escritas pela certeza de que precisamos de nos alertar uns aos outros.
Mas amanhã, podemos fazer algo concreto.
Todos somos convidados a ter um gesto, que nos una nesta consciência de que todos somos pessoas:
basta colocar um pano branco nas nossas janelas, ou usar uma peça de roupa branca.
E vamos rezar, fazer um minuto de silêncio por todos aqueles que partem das suas terras.
Como nos disse o Papa Francisco, são: “ homens e mulheres como nós, irmãos que procuram uma vida melhor,
famintos, perseguidos, feridos, explorados, vítimas de guerras. Procuram uma vida melhor, procuravam a felicidade.”

Ajuda-nos Jesus, a ter coragem de mostrar ao mundo que não somos indiferentes.
Ajuda-nos Jesus, a ter a coragem de um gesto.
Ajuda-nos Jesus, a procurar o silêncio de quem reza.

Isabel Figueiredo