14 jul, 2014
Seja pelos baixos custos de mão de obra ou pelas frágeis, ou mesmo inexistentes, politicas ambientais, ao longo das últimas décadas, o Ocidente foi transferindo algumas das suas fábricas de produção de antibióticos para o continente asiático – designadamente para a Índia.
Esta deslocalização descuidada não é algo de que nos possamos orgulhar.
Nos rios das imediações de algumas dessas fábricas a concentração de antibióticos chega a atingir níveis mais elevados do que os utilizados para tratar uma infeção!
O mais dramático é que essa mesma água pode ser usada para as pessoas se banharem, cozinharem e beberem. Por ironia, as pessoas nessas zonas pobres raramente têm dinheiro para se tratar as suas infeções com antibióticos.
Porém, as fortes descargas de antibióticos podem estar a contribuir para gerar algumas bactérias super-resistentes. E, apesar de tudo isto se passar lá muito longe, é inevitável que um dia chegue perto.
Já houve algumas suspeitas de que tal tenha acontecido e ninguém pode garantir que não se repita.
*Autoria da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa, no Porto.
“Faça-nos perguntas!” aqui questoesbiotecnologia@porto.ucp.pt
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