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9 maio

Comer, sim, mas e que tal produzir também?

09 mai, 2014

Portugal é um país muito frágil no que toca à alimentação. Só somos auto-suficientes no vinho e no leite! Nos cereais, que constituem a base da alimentação, temos de importar quase três quartos do que consumimos.
Por outro lado, Portugal é o país onde a comida mais pesa no orçamento familiar: ocupa 20% das despesas, enquanto na União Europeia a média não ultrapassa os 15%. Nem sempre foi assim, porque já fomos um país de agricultores. Mas agora vivemos sobretudo nas cidades, onde a agricultura não tem lugar. Ou terá?
Em Amsterdão, uma densa cidade holandesa, está em funcionamento uma horta de 3 mil metros quadrados... num telhado! E na Suíça, uma horta num outro telhado citadino produz anualmente cinco toneladas de hortaliças e 800 quilos de peixe em menos de 500 metros quadrados. Não é espantoso?
Para a maioria das pessoas, reduzir as despesas com a alimentação é uma ginástica que se limita à escolha da loja certa. Mas, com alguma criatividade e tempo livre, é possível criar hortas de proximidade, com excelente produtividade e que garantem aos seus hortelãos alimentos frescos e a custo quase zero.
Algumas autarquias portuguesas começaram já a promover a agricultura urbana. Já pediu um talhão à sua?

*Autoria da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa, no Porto.

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