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5 maio

A erradicação da malária

05 mai, 2014

Com grande influência na história e evolução humana, a malária tem vindo a afetar os humanos há milhares de anos. Anualmente morrem cerca de 600 mil pessoas com esta doença, que tem especial incidência em crianças. Apesar de ter sido erradicada na Europa e na América do Norte, os números a nível mundial continuam trágicos: morrem cerca de 1300 crianças por dia nos 97 países onde a malária está ativa, e ao todo no mundo existem mais de 200 milhões de pessoas doentes. Portanto, é muito importante estudar novas formas de combate à malária.
O ciclo de vida do parasita é muito complexo, e inclui a multiplicação dentro dos glóbulos vermelhos humanos, o que leva à degradação da hemoglobina, a proteína que nos transporta o oxigénio no sangue. Uma das maiores dificuldades no estudo deste parasita é conseguir observá-lo durante o tempo em que está escondido dentro dos glóbulos vermelhos e perceber o que lá está a fazer. Para dar a volta a esta dificuldade os cientistas produziram experimentalmente parasitas da malária com proteínas fluorescentes. Assim, ficam coloridos e fáceis de observar, facilitando a compreensão do comportamento do parasita dentro da célula hospedeira. Este é mais um caminho para se desenvolverem novos medicamentos capazes de interromper o ciclo de vida do parasita e conseguir curar a doença.

*Autoria da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa, no Porto.

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