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03 fevereiro

Os bosques também servem para comer

03 fev, 2014

Cuidar da terra, potenciar as pessoas e partilhar os recursos são princípios éticos centrais de uma forma especial de agricultura chamada permacultura. Na permacultura produz-se comida, claro, mas há muitas diferenças práticas relativamente à agricultura que todos conhecemos. O que se pretende é criar uma “cultura permanente”, ou seja, a ideia é plantar só uma vez e depois colher regularmente. É um conceito muito apelativo!

Um terreno dedicado à permacultura lembra mais um bosque, ou uma floresta, do que uma horta tradicional, e certamente não tem nada a ver com o aspeto de um campo de girassóis ou de couves. Na permacultura tira-se partido do que a Natureza consegue fazer sozinha, criando-se condições para as plantas se ajudarem umas às outras e assim evitar muito do trabalho agrícola normal.
Claro que se aposta em espécies de vida longa, como árvores e arbustos, e não em plantas anuais, como o milho ou arroz e outros cereais. Mas alguns resultados são realmente espantosos, sobretudo em termos de produtividade, poupança de água, biodiversidade e aumento da fertilidade do solo.

Da próxima vez que lhe falarem em permacultura, preste atenção: quem sabe é por aqui que passa o futuro da nossa produção alimentar!

*Autoria da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa, no Porto.

“Faça-nos perguntas!” aqui questoesbiotecnologia@porto.ucp.pt