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31 janeiro

O melhor era evitar

31 jan, 2014

Em Portugal aparecem cerca de doze novos casos de cancro da mama a cada dia que passa e quatro dessas doze mulheres vão acabar por morrer da doença. Já aqui apresentámos algumas sugestões para a prevenção ativa do cancro, como o uso regular da especiaria curcuma e a melhoria dos níveis de vitamina D. Mas de onde é que vêm tantos cancros, e porque é que têm vindo a aumentar?
De facto, 90% destes cancros resultam sobretudo do nosso estilo de vida e da poluição ambiental e alimentar, e apenas 10% são de base genética. Segundo a Sociedade Americana do Cancro, há vários fatores de risco que nós podemos controlar.
Por exemplo, o uso da terapia hormonal de substituição para a menopausa, ou da pílula anticoncecional, aumenta o risco de se morrer de cancro da mama e qualquer decisão quanto ao seu uso deve ser bem pesada. Por outro lado, a amamentação, sobretudo se for prolongada, já reduz os riscos.
Além disso, quanto mais bebidas alcoólicas se beber, pior é. Já o exercício físico ajuda a prolongar a vida. E recentemente descobriu-se também uma ligação com o tabaco. Curiosamente, trabalhar de noite parece igualmente acrescentar aos riscos.
Existem alguns indícios que mostram que deficiências de iodo ou de óleos essenciais Omega 3, ou o uso de sutiãs apertados e com suporte metálico podem também contribuir para aumentar o risco de cancro da mama. Mas a verdade é que a ciência não sabe tudo. Cabe a cada mulher, em cada dia, informar-se e escolher com precaução.

*Autoria da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa, no Porto.

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