Qual é a preocupação dos nossos presidentes de câmara? Enquanto as cidades agonizam, os autarcas preferem ocupar-se a agenciar negociatas para os seus financiadores de campanhas e a garantir os tachos.
Em Outubro, teremos eleições autárquicas. Mas provavelmente, aquela que é a principal missão de uma câmara, a gestão do espaço público, nem sequer virá a ser discutida nas campanhas eleitorais.
As infra-estruturas das maiores cidades estão num estado de total degradação. À primeira chuvada mais forte, rompem condutas de saneamento e inundam-se muitas casas; à primeira rajada de vento, caem árvores.
Os passeios, completamente esburacados, provocam muitos acidentes, em particular para os mais idosos; as ruas destroem as suspensões dos automóveis.
Faltam espaços de encontro, convívio e lazer, os jardins de proximidade rareiam. Casas de banho públicas ou parques infantis, esses é que nem vê-los!
Mas qual é a preocupação dos nossos presidentes de câmara? Enquanto as cidades agonizam, os autarcas preferem ocupar-se a agenciar negociatas para os seus financiadores de campanhas e a garantir os tachos para os “boys”, familiares e militantes do partido.