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Francisco Sarsfield Cabral

Escândalos bancários

12 fev, 2015

Para além da injustiça que é a evasão fiscal e da possível origem criminosa de parte do dinheiro depositado na filial do HSCB, impressiona a sucessão de casos que têm atingido grandes bancos mundiais.

A filial em Genebra do britânico HSBC, segundo maior banco do mundo, ajudou em 2007 mais de cem mil pessoas a fugir aos impostos. E acolheu dinheiro de proveniência provavelmente criminosa.

Não é certo que, depois, a filial suíça do HSBC tenha cessado tal actividade – uma funcionária foi demitida em 2013, segundo ela por ter criticado a continuação das irregularidades, o que levou esta semana um ministro britânico a pedir explicações ao banco.

Para além da injustiça que é a evasão fiscal e da possível origem criminosa de parte do dinheiro depositado na filial do HSCB, impressiona a sucessão de casos que têm atingido grandes bancos mundiais.

O HSCB foi em tempos presidido por um pastor anglicano, preocupado com a relação entre o dinheiro e a moral. Mas recentemente esteve envolvido na manipulação da taxa interbancária Libor, bem como numa manipulação de câmbios, e ainda em venda fraudulenta de seguros e engano de clientes nos EUA sobre hipotecas.

Tudo isto acarretou multas monumentais para o HSCB e outros bancos envolvidos. Será que a grande banca internacional pôs a ética de lado?