Recep Tayyp Erdogan já foi fonte de esperança, mas o seu regime tem seguido no sentido do autoritarismo e apoia os islâmicos radicais que combatem o regime de Assad. Nas últimas semanas, metade dos seus ministros saíram por causa de um escândalo de corrupção.
Muitas esperanças foram postas no primeiro-ministro turco, Erdogan, há dez anos no poder. Meses atrás parecia estar iminente um acordo com os rebeldes curdos – mas entretanto nada de concreto surgiu.
Por outro lado, a Turquia dava sinais de conciliar o islamismo, maioritário na população, com a democracia.
Só que o islamismo de Erdogan se tornou recentemente menos moderado e o seu regime tem derivado no sentido do autoritarismo.
Por exemplo, a Turquia tem na cadeia inúmeros jornalistas. E nas últimas semanas o regime turco foi abalado por um escândalo de corrupção a alto nível, que já levou à substituição de mais de metade dos ministros.
No plano internacional, suscita preocupação a crise no país que possui o maior exército da NATO, depois do americano. Aliás, as relações entre Washington e Ancara têm vindo a deteriorar-se.
Erdogan defende a Irmandade Muçulmana no Egipto e os islâmicos radicais que combatem o regime de Assad na Turquia, posições diferentes das assumidas pelo presidente Obama.
De fonte de estabilidade, a Turquia tornou-se uma desilusão e um perigo.