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Ribeiro Cristóvão

Fim à vista

26 jun, 2014

As circunstâncias de que se rodeia este terceiro desafio da nossa selecção na fase de grupos não recomendam que se entre em euforias, nem sequer se alimentam esperanças,  por mais reduzidas que sejam, de poder continuar a competir com os melhores do mundo.

Nem o mais feroz optimismo leva a acreditar que a selecção portuguesa possa continuar no Mundial de Futebol depois do jogo desta tarde em que vai ter de bater-se com o Gana, o grupo que se tem revelado como o mais forte entre todos os que foram apurados e se encontram no Brasil.

Depois de uma derrota contundente contra a Alemanha e de um empate inaceitável frente aos Estados Unidos, um país onde o futebol continua a não ter qualquer expressão, resta não sair enxovalhado perante um adversário que ainda ontem ameaçava não comparecer ao jogo por razões ligadas à falta de pagamento de honorários a todos os seus jogadores.

As circunstâncias de que se rodeia este terceiro desafio da nossa selecção na fase de grupos não recomendam que se entre em euforias, nem sequer se alimentam esperanças,  por mais reduzidas que sejam, de poder continuar a competir com os melhores do mundo.

E não adianta refugiarmo-nos em justificações que passem pela eliminação já consumada de selecções de alto gabarito como são os casos da Espanha, ainda campeã do mundo em título, da Inglaterra e da Itália, num evidente mas pouco compreensível insucesso do futebol europeu.

De um modo geral, e ainda que afastados, espanhóis, italianos e ingleses, sobretudo estes, produziram de futebol de qualidade, sendo apenas atingidos por contingências em que o futebol é fértil.

O mesmo não pode dizer-se da selecção portuguesa que, a insistir contra o Gana numa exibição medíocre, se arrisca a ser considerada unanimemente como uma das piores que têm passado por este mundial brasileiro.