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Ribeiro Cristóvão

A febre do Mundial

04 fev, 2014 • Ribeiro Cristóvão

Quando faltam pouco mais de quatro meses para que se inicie o Mundial de futebol, acentua-se o entusiasmo que varre todos os países cujas selecções irão estar presentes na grande competição.

A febre do Mundial

Quando faltam pouco mais de quatro meses para que se inicie o Mundial de futebol, acentua-se o entusiasmo que varre todos os países cujas selecções irão estar presentes na grande competição.

Porém, no Brasil, não se dissipam os contrastes entre aqueles que nutrem uma enorme paixão pelo futebol e os que continuam a opor-se aos gastos sumptuosos feitos com os novos estádios, a que se juntam outros investimentos em infraestruturas consideradas necessárias para levar por diante uma prova de tamanha envergadura.

Os primeiros sinais foram visíveis no ano passado durante a realização da Taça das Confederações, altura em que se sucederam manifestações populares um pouco por todo o país, e deixaram à vista o enorme descontentamento do povo brasileiro, que preferia ter mais e melhores hospitais e escolas e outros bens capazes de garantir melhor nível de vida a toda a população.

Para além de tudo isto, que não é pouco, e mesmo tendo em conta a paixão do povo pelo futebol, na previsão de que o descontentamento venha a subir de tom, levantam-se muitas dúvidas acerca da realização deste Mundial e da forma pouco pacífica como poderá vir a decorrer.

Por outro lado, esta é também a altura em que a Copa começa a exercer alguma influência nos jogadores, receosos de que uma arreliadora lesão os possa afastar dessa grande reunião internacional.

Falcão foi a primeira vítima, seguiu-se-lhe Theo Walcott, do Arsenal, aos quais resta pouca esperança de recuperar a tempo.

Mesmo submetidos a grandes esforços nas duras competições em que estão empenhados, sobretudo aqueles que jogam na Europa, os grandes jogadores não querem perder de vista a possibilidade de estar em Junho, no Brasil, uma montra que só voltará a estar escancarada daqui por quatro anos.

E, para alguns, em 2018 poderá ser já muito tarde para voltar a viver o mesmo sonho de agora.