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Ribeiro Cristóvão

Depois se verá

28 nov, 2013

Depois de uma fase de grupos atribulada, o Benfica pode ainda salvar-se, se a sorte também der o seu indispensável contributo.

Depois se verá

Não tendo perdido de vista o seu grande objectivo, o de chegar aos oitavos de final da Liga dos Campeões, o Benfica vai agora preparar-se para a última”batalha” no estádio da Luz, frente ao Paris Saint Germain condicionado, no entanto, pelas notícias que, à mesma hora, lhe vão chegar da Grécia e relativas ao outro encontro da noite.

O desfecho do jogo de Bruxelas, onde ganhou pela primeira vez na sua história, permitiu acalentar esse sonho de permanecer nos grandes palcos europeus embora, olhando para as circunstâncias actuais com todo o realismo, talvez seja mais recomendável permanecer acordado e reflectir sobre essa quase impossibilidade.

Frente à pior equipa do seu grupo, o Anderlecht, o Benfica voltou a não ser brilhante.

Sem Cardoso, e com Lima claramente em sub-rendimento, viu-se ainda tocado por algumas decisões discutíveis do seu treinador.

De facto, retirar do campo Gaitan, um dos grandes destaques da equipa, só poderia contribuir para o susto vivido quase até ao fim.

Tardiamente, embora, JJ emendou depois esse erro com a entrada de Rodrigo, que costuma ser letal em circunstância como as que rodearam o seu golo vitorioso no estádio Vanden Stock, e que acabaria por reflectir, com toda a justiça, a diferença valorativa entre os campeões belga e português.

Reservada está, pois, para o próximo dia dez de Dezembro a abertura da caixa com o segredo de como se vai escrever a seguir a história da presente edição da Liga dos Campeões.

Depois de uma fase de grupos atribulada, o Benfica pode ainda salvar-se, se a sorte também der o seu indispensável contributo.

Porém, o trajecto penoso que fica para trás não deixa de constituir um castigo para quem entrou como favorito, estatuto que só muito raramente ajudou a justificar ao longo dos cinco desafios já disputados.

Na Liga Europa, ao contrário, as contas estão todas feitas. Fica apenas, como positivo, o registo dos três empates conseguidos esta noite pelas equipas portuguesas em prova, dois dos quais em terrenos adversos, o que não impediu que Vitória de Guimarães, Estoril Praia e Paços de Ferreira tenham ficado prematuramente fora de todas as corridas, restando-lhes apenas cumprir a jornada final da fase grupos.

Um aceno para o Estoril Praia que, numa série difícil, chegou onde lhe foi possível, e para o Paços de Ferreira que cumpriu mesmo tendo em conta as dificuldades por que tem passado desde o começo da temporada.

Quanto ao Vitória minhoto poder-se-ia esperar um pouco mais, só que, em boa verdade, a equipa claudicou em desafios decisivos.

Fica para a próxima.