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Ribeiro Cristóvão

Opção de risco

31 out, 2013 • Ribeiro Cristóvão

O futebolista do Atlético de Madrid, Diego Costa, acaba de dar origem a uma polémica que promete vir a ter amplas repercussões, com especial incidência na fase final do  Campeonato do Mundo, a disputar em Junho do próximo ano.

Opção de risco

O futebolista do Atlético de Madrid, Diego Costa, acaba de dar origem a uma polémica que promete vir a ter amplas repercussões, com especial incidência na fase final do  Campeonato do Mundo, a disputar em Junho do próximo ano.

Nascido em Lagarto, no Brasil, há 25 anos, cedo demandou a Europa tendo iniciado a sua carreira no Sporting de Braga, clube que deixou para, na condição de emprestado, ingressar no Penafiel onde na temporada de 2006 realizou 13 desafios, no campeonato da segunda divisão.

Foi, no entanto, em Espanha, que Diego Costa iniciou um trajecto marcado por um notável sucesso que faz dele, hoje em dia, um dos melhores jogadores a actuar no país vizinho.

Ali, já vestiu diversas camisolas, mas tem sido ao serviço do Atlético de Madrid que atingiu verdadeira projecção, sobretudo nos dois últimos anos.

Com o Mundial de Futebol à vista, Diego Costa passou ser um jogador cobiçado por responsáveis da Espanha, que lhe deu a visibilidade e o colocou no top dos jogadores mundiais de qualidade, e também do Brasil, que reclama a sua paternidade e, como tal, entende que é seu dever envergar a camisola do país onde nasceu, e que já vestiu por duas vezes em desafios amistosos.

O jogador já fez, entretanto, a sua opção. E assim, deseja ser chamado à selecção espanhola nos desafios amigáveis que tem calendarizados, alegando com isso que tudo  o que é o deve ao país que o acolheu e o tem tratado de forma exemplar.

De nada valeram os apelos muito sentidos de Luis Filipe Scolari, e o lamento de que o jogador virou as costas ao sonho de milhões de brasileiros.

Assim, se tudo correr dentro da normalidade, Diego Costa estará no próximo ano no país onde nasceu, mas envergando cores de nacionalidade diferente.

Imagina-se, desde já, o ambiente que espera o atleta e, por acréscimo, toda a selecção espanhola.

Daí que esta opção de risco, tomada por Diego Costa, não deixará de servir de um forte motivo para que o Campeonato do Mundo tenha nele um dos seus principais atractivos, pelas mais diversas razões.