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Ribeiro Cristóvão

Tema revisitado

11 out, 2013

Em alturas como esta, repete-se a cena de sempre: dez milhões de vozes se levantam, cada uma personificando um seleccionador a atirar para a discussão pública o tema recorrente sobre quem e como deve jogar a selecção no compromisso que se segue.

Tema revisitado
Agora que se aproxima o primeiro de dois jogos decisivos –o primeiro é já logo à noite, com Israel-, a questão coloca-se, para nós, sempre da mesma maneira, isto é, concordando ou não com as escolhas finais do primeiro responsável, a equipa que vier a entrar em campo, em Alvalade, é a nossa equipa, é a equipa de todos nós, revisitando essa velha imagem do saudoso mestre Cândido de Oliveira.
Paulo Bento voltou a debater-se com alguns problemas com os quais não contava, e poderão, de algum modo, ter atrapalhado a sua estratégia.
Dos habituais titulares só lesionados são quatro: Bruno Alves, João Pereira, Vieirinha e Meireles, aos quais se juntam dois impedidos por castigo, Hélder Postiga e Fábio Coentrão, ou seja, mais de meia equipa o que, convenhamos, é muito azar junto.
Como pôde, o seleccionador foi colmatando as brechas abertas pelas falhas que se iam sucedendo. Até que chegou a vez de substituir Raúl Meireles, o último a regressar a casa mais cedo. Sem hesitar, a escolha para a sua substituição recaiu no bracarense Custódio, contrariando muitas previsões que apontavam para a possível escolha do leão Adrien Silva.
Paulo Bento já justificou a opção, talvez de forma pouco convincente. É que o médio do Sporting está neste momento em melhor forma do que o jogador minhoto, em período psicologicamente mais favorável, e seria capaz, tudo o indica, de estar hoje mais à altura de desempenhar o lugar de “oito” ou “seis”, independentemente da tarefa que pudesse vir a ser-lhe atribuída.
Mas foi Custódio o escolhido, e não há volta a dar. Por isso, tal como todos os outros, ele passou a ser, simplesmente, mais um jogador da nossa selecção.