Agora, a prioridade é relançar o investimento, sobretudo, o privado. Resta saber se a “troika” concorda.
A austeridade imposta pelo memorando de entendimento com a “troika” teve um efeito mais negativo na queda da economia e no desemprego do que o Governo e a própria “troika” esperavam. Daí, a viragem no discurso do Governo: agora, a prioridade é relançar o investimento.
Resta saber se a “troika” concorda com essa alteração de rumo e com as medidas que ela implica para se concretizar.
Na segunda-feira, começa o sétimo, e decisivo, exame regular ao processo português de ajustamento.
Sabe-se que aumentar o investimento público está fora de questão, porque não há dinheiro e porque (como se viu no segundo governo de Sócrates) nem sempre os gastos do Estado trazem crescimento económico. Resta o investimento privado, nacional e estrangeiro, que continua em queda.
O ministro das Finanças referiu-se, no Parlamento, a incentivos fiscais – descidas no IRC, certamente. Mas também aí teremos que obter o acordo da União Europeia.
Quando negociou o seu memorando com a “troika”, a Irlanda conseguiu manter o IRC a 12,5%, contra a vontade de países com a França. Veremos o que Portugal consegue.