Irlanda está de volta e no primeiro dia pagou menos do que antes do resgate. Trata-se de um país competitivo, em que a economia cresce.
Esta semana, a Irlanda foi o primeiro país do euro sob resgate a regressar aos mercados – e com sucesso. O Estado irlandês pagou 3,4% para vender 2,5 mil milhões de dívida a cinco anos, menos do que recentemente pagou Espanha e menos do que a Irlanda pagava antes do resgate.
O problema irlandês foi a loucura bancária, na esteira de uma bolha especulativa imobiliária. Quando a bolha rebentou (como era inevitável) os bancos irlandeses ficaram com milhares de casas e terrenos invendáveis na mão.
Para evitar um colapso bancário, o Governo de Dublin nacionalizou vários bancos, o que fez subir em flecha o seu défice orçamental (que, em 2012, terá descido para 8,6% do PIB).
Ao contrário de Portugal, a Irlanda não tem falta de competitividade. Por isso, a sua economia já está a crescer, com base nas exportações.
A economia portuguesa está em recessão. Mas tem baixado o risco da dívida pública nacional. E o BES colocou há dias no mercado 500 milhões de dívida a cinco anos, pagando 4,75% de juro (contra 5,87% numa emissão de dívida a três anos em Novembro).