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Francisco Sarsfield Cabral

Os EUA, o Reino Unido e a UE

21 dez, 2012 • Francisco Sarsfield Cabral

Cresce o sentimento anti-Europa no Reino Unido, o que preocupar o Governo norte-americano. “Reconhecemos os Estados nacionais, mas vemos a União Europeia como um multiplicador da força dos Estados-membros”, disse um alto funcionário da Administração Obama.

Os EUA, o Reino Unido e a UE
Esta semana, David Cameron, primeiro-ministro britânico, disse que a saída do seu país da União Europeia se tornou algo “imaginável.

O sentimento anti-europeu tem crescido na Grã-Bretanha. Por isso, o partido mais eurocéptico, o UKIP (United Kingdom Independence Party) tem subido nas sondagens, em prejuízo do Partido Conservador.

É cada vez mais provável um referendo na Grã-Bretanha, em que terá grandes probabilidades de ganhar a opção pelo abandono da UE.

Esta perspectiva está a preocupar o Governo americano. Um alto funcionário da Administração Obama declarou ser importante “tornar muito claro que um Reino Unido forte numa Europa forte é do interesse nacional dos Estados Unidos”.

E acrescentou: “Reconhecemos os Estados nacionais, mas vemos a UE como um multiplicador da força dos Estados-membros”.

Os EUA impulsionaram o lançamento da integração europeia, através do Plano Marshall, sobretudo. Hoje, a situação geoestratégica é muito diferente. Mas o apoio americano à integração europeia continua, por muito que Washington se volte para a Ásia. Ainda bem.