Dá, em geral, mau resultado. Veja-se os casos de Espanha e Alemanha.
A Espanha vai receber cerca de 40 mil milhões de euros para ajudar os seus bancos em dificuldade. A maior parte desses bancos é constituída por caixas económicas regionais, ligadas aos partidos que mandam nas autonomias.
O clientelismo partidário levou à designação de muitos gestores incompetentes (alguns também corruptos) e ao financiamento de projectos sem racionalidade económica.
Aqueles 40 mil milhões não chegam a Espanha sem condições, inseridas num memorando de entendimento. Aí se aconselha o Governo de Madrid a subir o preço dos combustíveis, o que – a concretizar-se – diminuirá a diferença de preços em relação aos combustíveis em Portugal.
Também na República Federal Alemã (RFA) há caixas económicas regionais, públicas. Essas caixas estão ligadas aos governos dos Estados e não primam pela boa gestão. Estão carregadas de “activos tóxicos”.
É por isso que a Alemanha se opõe a que o BCE, como supervisor bancário da Zona Euro, vá meter o nariz nessas caixas, assim atrasando a união bancária na Zona Euro.
Misturar bancos com política dá, em geral, mau resultado.