No fim da reunião do BCE, Draghi anunciou, não medidas imediatas, mas a mera possibilidade de o banco vir a comprar dívida soberana dos países em dificuldade.
Há uma semana, em Londres, afirmou o governador do Banco Central Europeu, Mário Draghi: “O BCE fará tudo para preservar o euro. Acreditem-me: será suficiente!” Esta inesperada frase teve efeitos imediatos: os mercados convenceram-se de que vinham aí medidas de grande alcance e baixaram os juros cobrados à dívida espanhola.
Só que, logo a seguir, sucederam-se as afirmações de dirigentes alemães opondo-se a que o BCE volte a comprar dívida soberana, ou que o fundo europeu de resgate possa ir buscar dinheiro emprestado ao BCE.
No fim da reunião do BCE, Draghi anunciou, não medidas imediatas, mas a mera possibilidade de o banco vir a comprar dívida soberana dos países em dificuldade, como a Espanha. Isto, se os governos dos países em causa o pedirem formalmente e impondo medidas estritas. O BCE deliberou estudar essa e outras possibilidades – com o voto negativo do governador do Bundesbank.
Ou seja, um recuo significativo e uma machadada na credibilidade de Draghi. As coisas não correm bem para o euro.