O euro dá sinal de vida

Depois de terem passado anos a arrastar os pés no combate à crise das dívidas soberanas, os ministros das Finanças da Zona Euro reagiram com rapidez e credibilidade ao problema dos bancos espanhóis.

A credibilidade da resposta europeia tem a ver com o elevado limite – cem mil milhões de euros – no crédito para recapitalizar bancos espanhóis, que não precisarão de tanto dinheiro. O contrário tem acontecido, por exemplo, no montante escasso dos fundos de resgate.

Esta nova atitude, que é de saudar, tem na sua raiz vários factores. A dimensão da economia espanhola é muito maior do que a dos países até agora intervencionados; uma bancarrota em Espanha mete medo.

Há a proximidade das eleições na Grécia, no próximo domingo, que se arriscam a provocar perturbações. E também contou a forte pressão de Obama, directamente e através do FMI – o Presidente americano receia que uma grave crise na Zona Euro prejudique a economia americana e, portanto, a sua reeleição em Novembro.

O facto é que, finalmente, o euro deu um sinal de vida.