Diz-se que a cimeira europeia desta semana terá de encontrar uma solução para a crise das dívidas soberanas. Ao ponto a que a deixaram chegar, essa crise tornou-se na maior ameaça à economia mundial.
Os apelos e as pressões para que os dirigentes europeus se entendam vêm de toda a parte, mas a posição alemã não prevê uma resposta global e imediata à crise.
Merkel quer que, passo a passo, os países com problemas de dívida ponham em ordem as suas contas públicas. Para isso, propõe uma dura disciplina orçamental, com sanções automáticas e vigilância permanente da União.
Essa disciplina é necessária e é pena que não tenha sido cumprida no passado, quando o chamado Pacto de Estabilidade foi violado pelos próprios alemães, que o tinham apresentado como condição para aceitarem trocar o marco pelo euro.
Ora, vai demorar anos a verificar se uma nova e mais severa disciplina orçamental na Zona Euro será de facto eficaz, isto é, se recupera a confiança dos mercados.
Mas o euro pode acabar dentro de meses ou até semanas. Por isso, é precisa uma resposta imediata.