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Francisco Sarsfield Cabral

Presidenciais e legislativas

19 ago, 2015 • Francisco Sarsfield Cabral

A candidatura de Maria de Belém à Presidência é um embaraço para Costa, mas reúne a simpatia de muita gente, dentro e fora do PS. Para os socialistas, a ideia de que seria possível isolar as eleições legislativas das presidenciais é uma ilusão.

A candidatura presidencial de Sampaio da Nóvoa teve, desde o início, a “bênção” não oficial de António Costa. Mas as crescentes dúvidas no interior do PS sobre Sampaio da Nóvoa levaram Costa a tornar essa posição mais clara, numa entrevista à “Visão”.

Dias depois, Maria de Belém, ex-presidente do PS, confirmava publicamente que seria, também ela, candidata à Presidência da República.

Maria de Belém tem a simpatia de muita gente, dentro e fora do PS. Ao centro, mas também à esquerda (Manuel Alegre é seu apoiante). Sampaio da Nóvoa, além de não possuir experiência política (algo complicado para um Presidente da República), utilizou nos primeiros meses da sua pré-campanha uma retórica próxima da extrema-esquerda – espantando-se, depois, por ter uma imagem de esquerdista.

A candidatura de Maria de Belém é um embaraço para A. Costa, que vê a sua autoridade no partido posta em causa. O que não o ajuda na campanha das legislativas.

A ideia de que seria possível isolar completamente as eleições legislativas das presidenciais não passava, afinal, de uma ilusão. Pelo menos para o PS.