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Ribeiro Cristóvão

Adeus triplete

29 abr, 2015 • Ribeiro Cristóvão

O Bayern de ontem esteve longe da equipa vertical e profunda que há poucos dias castigou dolorosamente o FC Porto.

O futebol traz-nos todos os dias grandes surpresas, mas há um princípio que permanece imutável, ou seja, não há equipas imbatíveis.

Ontem, essa verdade ficou mais uma vez comprovada após um desafio das meias-finais da Taça da Alemanha, em que se defrontaram o Bayern de Munique e o Borússia de Dortmund.

Empatadas a um golo ao cabo de 120 minutos muito intensos, chegou-se à inevitável decisão final com recurso aos pontapés da marca da grande penalidade. E aí, o Bayern nem por uma vez sequer, em quatro pontapés, logrou atingir com êxito a baliza contrária, enquanto o Borússia teve pontaria certa em dois remates. O suficiente.

Perante o desespero do estádio inteiro e particularmente do seu treinador Pep Guardiola, a equipa bávara viu assim escapar-lhe a possibilidade de chegar ao triplete, com o qual o técnico espanhol passou a sonhar mais intensamente sobretudo depois de ter eliminado o FC Porto da Liga dos Campeões.

A equipa de Dortmund mantinha em curso uma das suas piores épocas de sempre.
No Allianz Arena, a equipa de Klopp teve agora uma-meia final épica, desmentindo todos quantos insistiam em afirmar que iria terminar uma temporada de completo anonimato.

Foi, talvez, a última grande homenagem que a equipa quis prestar ao seu técnico Jurgen Klopp que, rendido à má campanha, já anunciara a sua retirada.

O Bayern de ontem esteve longe da equipa vertical e profunda que ainda há poucos dias castigou dolorosamente o Futebol Clube do Porto. E por isso cede o seu lugar na final da Taça da Alemanha ao Borússia de Dortmund, uma equipa que depois de tantos anos de glória, se encontrava em plena e vertiginosa descida aos infernos.

Ou seja, um só jogo, por tudo quanto significa, pode ter sido a salvação de uma época.