A chuva apagou o flagelo. Espero que não apague a memória. Este ano, morreram oito pessoas no combate aos fogos. Mas há factores de cepticismo…
O regresso das chuvas acabou com o flagelo dos incêndios florestais deste ano. Houve, até, locais onde a chuva foi excessiva, provocando estragos e prejuízos. Naturalmente, os incêndios desapareceram do espaço público.
Mas espero que não tenham sido esquecidos pelas autoridades, até porque a recente época de fogos foi particularmente trágica: morreram oito pessoas. Tudo deve ser feito para que a tragédia se não repita.
Mas confesso algum cepticismo. Nada percebo do assunto, mas assisto desde há décadas a propostas e mais propostas, que, ou não foram aplicadas ou não resultaram na prevenção dos incêndios nas matas.
E há um outro motivo para as minhas dúvidas quanto à capacidade nacional para prevenir incêndios florestais e para os combater com eficácia. São as notícias de incêndios gigantescos em países mais ricos do que nós e possuidores de melhores meios de prevenção e combate.
No Sul da Austrália, não longe da cidade de Sidney, ardem 120 mil hectares de floresta. Apenas na semana passada o fogo destruiu ali mais de 200 casas e matou um proprietário. Não é animador.