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Francisco Sarsfield Cabral

Sem saída

14 out, 2013 • Francisco Sarsfield Cabral

A guerra na Síria está recheada de crimes contra a humanidade, cometidos quer pelas forças do regime de Bashar al-Assad, quer pelos próprios rebeldes.

Os rebeldes sírios raptaram ontem três elementos da Cruz Vermelha. As guerras civis são os mais sangrentos de todos os conflitos. Quase sempre são cometidas atrocidades de um lado e do outro.

Aconteceu há quase dois séculos em Portugal, na guerra que opôs liberais a miguelistas. Mais perto de nós, a guerra civil espanhola (1936-1939) é outro exemplo dramático.

Agora, a mortífera guerra civil síria não foge à regra. Quanto ao regime tirânico de Bashar al-Assad nunca houve dúvidas, pois as forças governamentais não hesitam em bombardear milhares de civis, usando até armas químicas.

Mas o comportamento de muitos grupos rebeldes que combatem o regime (quando não se guerreiam entre si) não parece menos censurável.

A organização Human Rights Watch confirma terem sido cometidos crimes contra a humanidade por grupos rebeldes, que mataram centenas de civis. Alguns desses grupos estão ligados à al-Qaeda e outros recebem apoio ocidental, o que não é menos embaraçoso.

Não se vislumbra saída para esta guerra, que pode alastrar a outros países da região.