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Francisco Sarsfield Cabral

Não perder a face

28 ago, 2013

Na sua primeira campanha eleitoral para a presidência, em 2008, Obama prometeu fechar Guantánamo. Mas ainda não conseguiu encerrar aquela prisão situada em Cuba (assim evitando a aplicação da lei dos EUA).

Por volta de 2005, quando senador pelo Illinois, Obama defendia a limitação das escutas telefónicas e da intercepção de comunicações na internet pelos serviços secretos americanos; agora, como Presidente, defende-as.

Há um ano, Obama afirmou existir uma “linha vermelha” que o regime sírio não deveria ultrapassar: o uso de armas químicas. Ora essa linha foi ultrapassada e dificilmente Obama poderá deixar por cumprir mais essa promessa. Seria o seu descrédito e o dos EUA.

Uma retaliação militar é também apoiada pelo governo conservador britânico e pelo governo socialista francês. Não terá o aval do Conselho de Segurança da ONU, por causa do veto russo. Mas também não o teve o ataque aéreo da NATO à Sérvia por causa do Kosovo, em 1999, alegando motivos humanitários.

Que agora serão invocados, embora se trate sobretudo de Obama não perder a face.