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Francisco Sarsfield Cabral

A tragédia do Zimbabué

01 ago, 2013 • Francisco Sarsfield Cabral

Possui bons terrenos agrícolas, ouro, diamantes, platina e urânio, o que o torna um dos países mais ricos de África, mas o povo vive na miséria e o seu PIB é menos 40% do que poderia ser. Vários países vizinhos toleram o ditador Mugabe e os europeus pouco se importam com a tragédia do país.

O Zimbabué é, potencialmente, uma das nações mais ricas de África. Possui bons terrenos agrícolas, ouro, diamantes, platina, urânio… Mas 33 anos de ditadura de Robert Mugabe reduziram à miséria os desgraçados habitantes do Zimbabué.

Quase todos os agricultores brancos foram forçados a abandonar o país. O Zimbabué perdeu cerca de 40% do seu PIB e debate-se com uma inflação descontrolada.

Agora, decorre ali mais uma farsa eleitoral, que provavelmente manterá no poder Mugabe, já com 89 anos. Vários países africanos, a começar pela África do Sul, toleram o ditador do Zimbabué. E os europeus, com excepção da Grã-Bretanha, pouco se importam com a tragédia daquele país.

Em Dezembro de 2007, realizou-se em Lisboa a segunda cimeira UE-África. Contrariando a proibição europeia de pôr o pé em solo da União Europeia, mas com grande satisfação do Governo de Sócrates, Mugabe participou na cimeira – o que levou o então primeiro-ministro britânico Gordon Brown a não vir.

Da cimeira saíram belas declarações sobre democracia, direitos humanos, etc. Sem o menor resultado, em particular no Zimbabué.