Um cancro no desporto

Nos últimos dias, três atletas de topo não passaram nos testes de “doping” e por isso já não poderão participar, no próximo mês de Agosto, no campeonato do mundo de atletismo, em Moscovo.

Trata-se do melhor “sprinter” americano da última década, que já foi campeão mundial, e de dois jamaicanos, um deles ex-recordista do mundo nos 100 m. O outro foi membro da equipa da Jamaica que ganhou a medalha de ouro na corrida de 4x100 m. estafetas, nos Jogos Olímpicos da Grécia, em 2004.

Estas cenas repetem-se, infelizmente. Agora decorre a Volta a França, a mais importante prova de ciclismo do mundo.

Depois do que se passou com Armstrong, que ganhou sete vezes essa Volta, mas foi forçado a reconhecer ter-se dopado, ninguém garante que o vencedor da prova deste ano não ficará sem o título passado alguns meses ou anos.

Quase todo o desporto passou a ser um negócio envolvendo muito dinheiro. E isso leva a tentar-se tudo para ganhar. Até no “cricket”, um desporto alegadamente de “gentlemen”…

Será que o desporto de alta competição poderá, um dia, livrar-se deste cancro?