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Ribeiro Cristovão

Sentado no cadeirão

08 abr, 2013

Só falta o FC Porto-Sp. Braga de logo à noite para acertar as contas da jornada que antecede a derradeira interrupção no principal campeonato português. E há fortes razões para manter esse desafio aprazado para o estádio do Dragão sob forte expectativa, conhecidos que são todos os desfechos dos outros sete jogos que constavam do calendário.


Chamando desde logo a primeiro plano o comandante da classificação, há apenas um destaque a fazer: o Benfica venceu em Olhão com toda a naturalidade, como de resto se esperava, e agora, provisoriamente com com sete pontos de avanço sobre o seu único competidor directo aguarda, sentado no cadeirão, pelo que venha a acontecer nesta segunda-feira, entre dragões e arsenalistas.

E, convenhamos, pelo que se tem visto nos tempos mais recentes há motivos para preocupação do lado dos campeões nacionais, que claudicaram de forma incompreensível em alguns momentos recentes tidos como fundamentais.

É verdade que a carreira dos minhotos também está marcada por uma certa irregulatidade, que atirou a equipa para uma situação desconfortável. Mas em desafios como o de hoje há sempre a possibilidade de tudo acontecer ao contrário do que a lógica parece recomendar.É a "lei do futebol", onde nem sempre manda aquele que parece estar mais forte.

Daqui se infere que o campeonato pode, a cinco jornadas do seu termo, ficar praticamente decidido, retirando-se assim aquela forte pitada de sal ao clássico que segue e no qual o "novo"Sporting se prepara para colocar à prova os actuais fortes argumentos da equipa dirigida pela batuta de Jorge Jesus.

Sim, porque o Sporting que vence há três jornadas consecutivas -uma novidade nos tempos que correm-, tudo fará para bater o pé ao seu maior rival de sempre, ainda que o encontro entre ambos pareça favorecer o Benfica na sua condição de anfitrião, e também porque a equipa respira saúde por todos os poros.

Com o "élan" provocado por duas vitórias conseguidas mesmo ao correr do pano, a que se alia o novo estilo presidencial que marca os tempos em Alvalade e, sobretudo, no respeito por aquele principio que nos diz que entre águias e leões será sempre desaconselhável eleger favoritos, o embate a realizar daqui por quinze dias volta a ser uma caixinha de surpresas.

A história do futebol português está cheia de narrativas curiosas àcerca do velho clássico, onde bastas vezes tem vencido aquele que se apresenta aparentemente possuidor de menores recursos.

Mas deixemos esses momentos frenéticos para altura mais adequada.

Por ora, quedemo-nos à espera do Porto-Braga que, desde ontem à noite, mantém  suspenso o país do futebol.