Uma viagem sem qualquer expectativa de resultados, que vai servir, sobretudo, para coordenar posições em relação à Síria.
No seu primeiro mandato de Presidente dos Estados Unidos, Obama não visitou Israel. Nem se empenhou em ultrapassar o conflito israelo-palestiniano. Agora, Obama está em Israel, mas ninguém espera qualquer avanço no moribundo “processo de paz”.
Como se esperava, o Presidente americano já reafirmou o apoio à segurança de Israel; e, de facto, a ajuda militar dos EUA aos israelitas tem aumentado, apesar do mau relacionamento de Obama com o primeiro-ministro israelita, Netanyahu.
Este encontra-se agora mais enfraquecido, presidindo a uma coligação onde têm poder partidos contrários a um eventual Estado palestiniano. E continuam a crescer os colonatos judaicos no território da Autoridade Palestiniana, na prática inviabilizando esse Estado.
Do lado dos palestinianos, permanecem as divisões, sendo que o Hamas, por exemplo, não aceita ainda o Estado de Israel.
As conversas de Obama com Netanyahu servirão, sobretudo, para coordenar posições em relação à tragédia síria. E Obama insistirá com Israel para que não ataque preventivamente o Irão. Já não será mau que aí haja algum entendimento.