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Crise na Ucrânia

UE reforça sanções à Rússia e pode não ficar por aqui

14 abr, 2014

Líderes europeus reúnem-se na próxima semana, numa altura em que se agravam as tensões separatistas no leste da Ucrânia.

O ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia (UE) aprovaram esta segunda-feira o alargamento das sanções contra a Rússia, na sequência da crise na Ucrânia.

Reunidos no Luxemburgo, os 28 concordaram em incluir mais personalidades russas na lista de nomes alvo de congelamento de depósitos e outros bens e impedidos de viajar para a Europa, disse aos jornalistas o secretário de Estado do Reino Unido, William Hague.

Os líderes europeus podem reunir-se na próxima semana para discutir novas sanções à Rússia. O tema dominou esta segunda-feira as reuniões de ministros dos Negócios Estrangeiros da UE no Luxemburgo. Vários estados-membros advogam o endurecimento das medidas contra Moscovo, numa altura em que se agravam as tensões separatistas no leste da Ucrânia.

De acordo com a Reuters, o Presidente francês, François Hollande, já terá comunicado a Barack Obama que o seu país está pronto para "sanções firmes e graduais" contra a Rússia.

Activistas pró-russos apelaram, esta segunda-feira, ao Presidente Vladimir Putin para que os ajude a defenderem-se das forças governamentais ucranianas.

O Kremlin respondeu: o Presidente russo está a acompanhar estes desenvolvimentos com grande preocupação.

Separatistas ignoram Kiev
Em Donetsk, no leste da Ucrânia, activistas pró-russos ameaçaram esta segunda-feira à tarde tomar controlo de locais estratégicos em toda a província. Um porta-voz dos rebeldes afirmou que o objectivo é a ocupação de todas as infra-estruturas vitais, desde o sistema de limpeza ao aeroporto, das estações ferroviárias às instalações militares.

Os separatistas ucranianos ignoraram o ultimato que lhes foi dirigido por Kiev para que abandonassem até às 7h desta segunda-feira os edifícios oficiais ocupados em várias cidades do leste do país.

Pelo menos 100 activistas pró-russos atacaram uma esquadra da polícia na cidade de Horlivka no leste do país.

O ataque é relatado por testemunhas citadas pela agência Reuters. Um vídeo divulgado por uma televisão ucraniana mostra várias pessoas feridas alegadamente vítimas deste ataque.

Os EUA queixam-se de que durante o fim-de-semana um caça russo sobrevoou de forma provocatória um navio militar norte-americano no mar.