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Apesar da promessa de diálogo, protestos intensificam-se na Venezuela

10 abr, 2014

País tem sido palco de conflitos desde Fevereiro, provocando 39 mortes.

O Governo e a oposição acordaram dialogar, mas os protestos na Venezuela intensificaram-se. Em Caracas, por exemplo, as ruas de vários bairros do leste e sul da cidade registaram vários congestionamentos provocados por barricadas colocadas por manifestantes em urbanizações como El Hatillo, La Tahona, El Trigal, Los Naranjos e El Cafetal.

Já no município de Chacao, apesar da alta presença de elementos da Guarda Nacional (polícia militar), os manifestantes realizaram várias fogueiras e colocaram barricadas, o que provocou uma resposta policial com recurso a gás lacrimogéneo.

Apesar de ser um dos maiores países exportadores de petróleo, a Venezuela enfrenta uma das piores situações económicas das últimas décadas, com a inflação a chegar aos 56%.

Desde Fevereiro que o país vive momentos de grande tensão, com manifestações e conflitos com a polícia, que já provocaram 39 mortos.

No final de Março, dezenas de estudantes declararam uma praça do leste de Caracas como "praça da resistência", onde leram um manifesto que apelava ao povo a reproduzir a iniciativa por toda a Venezuela. Exigiram ainda que as mortes sejam investigadas, bem como as denúncias de tortura.

A onda de contestação começou por exigir a demissão do Presidente Nicolas Maduro e mudanças políticas, mas os manifestantes protestam também contra a alta inflação e as elevadas taxas de crime.